A
capital e maior cidade é Aracaju, sede da Região Metropolitana de
Aracaju, que inclui ainda os municípios de Barra dos Coqueiros, Nossa
Senhora do Socorro e São Cristóvão, a quarta cidade mais antiga do
Brasil e a primeira capital de Sergipe. Outras cidades importantes são
Itabaiana, Lagarto e Estância, todas com mais de 50 mil habitantes. Ao
todo, o estado possui 75 municípios divididos nas mesorregiões do Leste,
Agreste e Sertão sergipanos.
Sergipe
emancipou-se politicamente da Bahia em 8 de julho de 1820. A então
capitania de Sergipe del-Rei viria a ser elevada à categoria de
província quatro anos depois, e, finalmente, a estado após a proclamação
da República em 1889.
Os
primeiros indícios da ocupação humana do território que hoje
corresponde ao estado de Sergipe são datados de 9.000 a.C.7 A análise
dos achados arqueológicos desses povos, como arte rupestre, ossos,
cerâmicas e outros artefatos,8 permitiu aos historiadores classificá-los
em três culturas ou tradições: canindé, aratu e tupi-guarani.
Na segunda metade do século XVI teve início a colonização do estado com
a chegada de navios franceses onde os seus tripulantes trocavam objetos
diversos por produtos da terra (pau-brasil, algodão, pimenta-da-terra).
Entre
o final do século XVI e as primeiras décadas do século XVII, a atuação
dos missionários e de algumas expedições militares afasta os franceses e
vence a resistência indígena. Ocorre grande miscigenação entre
portugueses e índios.
Garcia d’Ávila, proprietário de terras na região, iniciou a conquista
do território. Contava com a ajuda dos jesuítas para catequizar os
nativos. A conquista deste território e sua colonização facilitariam as
comunicações entre Bahia e Pernambuco e impediriam também as invasões
francesas.
Surgem
os primeiros povoados, como o arraial de São Cristóvão. Originário do
povoado de São Cristóvão, a capitania de Sergipe D’El-Rey foi colonizada
em 1590 após a destruição de indígenas hostis e Sergipe começa a
explorar o açúcar. A existência de áreas inadequadas à plantação de
açúcar no litoral favorece o surgimento das primeiras criações de gado.
Sergipe torna-se, então, um fornecedor de animais de tração para as
fazendas da Bahia e de Pernambuco. Houve também uma significativa
produção de couro.
Quando
das invasões holandesas, na primeira metade do século XVII a economia
ficou prejudicada, vindo a se recuperar em 1645 quando os portugueses
retomaram a região. O território, que na época fazia parte da Bahia, foi
responsável em 1723 por um terço da produção de açúcar da Bahia.
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As circunstâncias da Independência do Brasil serviram para que a
decisão da Carta Régia de 8 de julho de 1820 fosse confirmada e
referendada por Pedro I, que chegou a elevar, novamente, São Cristóvão à
condição de cidade, para ser a capital de Sergipe. A Constituição do
Império, que é de 1824, colocou Sergipe entre as Províncias do Brasil,
consolidando a Emancipação de 8 de julho de 1820. 8 de julho de 1820 tem
sido convertido no símbolo da liberdade, da independência, da autonomia
econômica, da construção da sociedade sergipana.
Com a Proclamação da República, passou a ser Estado da Federação tendo sua primeira Constituição promulgada em 1892.
O
quadro permanece assim em todo o primeiro período republicano, com
setores das camadas médias urbanas sendo as únicas forças a enfrentar a
oligarquia local, como nas revoltas tenentistas em 1924.
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